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sábado, 22 de fevereiro de 2014

bangkok and surrounds

como prometido, apesar de já passar da meia noite, começo aqui um ciclo de publicações que vos dará a conhecer os planos para a viagem à asia em abril próximo...mesmo próximo já.

apesar de uma primeira paragem em frankfurt, daquelas que já vos falei e que gosto sempre de aproveitar.umas horas de paragem e mudança de avião para dar um saltinho ao centro desta cidade alemã, hoje, um dos principais centros das rotas aéreas mundiais, mas que vou visitar pela primeira vez. mas disso vos falarei noutro momento.

segue-se um longo voo, onde os planos são de dormir, rumo a hong kong para uma curta mas longa paragem e mudança de voo com destino a bangkok.

muito se fala desta capital, sinónimo de oriente. bem e mal, já deu para perceber que por lá, os extremos se encontram, por isso, uns amam-na, outros, odeiam-na.

eu estou com muita curiosidade e espero encontrar à chegada os cheiros e as cores que fazem parte do meu imaginário oriental...e muita agitação, correria, barulho, gente.

e sabores! confesso que é uma das minhas maiores curiosidades, mais do que templos e palácios maravilhosos, quero perder-me nos seus mercados, de tudo, mas especialmente alimentares.

o plano de três dias e meio para esta gigantesca e fervorosa cidade começa por um primeiro dia de visita a cidade e que haverá de acabar em chinatown. no segundo dia veremos os restantes monumentos que selecionámos, terminando em little índia. no terceiro dia iremos até aos arredores, começando no inesperado damnoen floating market e terminando com o vislumbre dos vampiros...

no primeiro dia acordaremos bem cedo e rumaremos ao ao pak khlong talad, ou mercado das flores. este mercado está aberto 24 sobre 24 horas, todos os dias do ano, e espero dele uma excelente introdução ao reboliço e colorido próprios desta zona do globo.

daqui partiremos em visita a um dos mais famosos monumentos de bengkok, o wat arun, e será nesta margem do rio que passaremos grande parte do dia e onde encontraremos ainda um pouco do legado português por estas paragens.

de wat arun espera-se uma boa introdução à religiosidade que irá estar presente a cada minuto da nossa visita à tailândia, esta que é ainda hoje tão vivida pelas populações e que quero perceber e sentir...o que direi quando finalmente chegar ao topo???

daqui passaremos por baan pa thue, uma artesanal fábrica de doces típicos destas paragens, mathum, feito de um fruto chamado bael, uma espécie de pêra abacate. apesar de já não esperarmos assistir ao processo de fabrico, por já não estarmos em altura de colheita deste fruto (entre julho e março), mas esperamos poder comprar um saquinho para vos contar depois, se é tão bom como dizem...

depois cumprir-se-à a promessa feita à maior criança lá de casa e vamos visitar mais um comercio tradicional, o baan lao flute village, onde ainda hoje se fabricam manualmente flautas de bambu e que, uma delas, fará as delícias da flautista de serviço em casa.

continuando na margem ocidental de bangkok, na zona conhecida por thonburi, seguiremos caminho para WatKalayanamit, um templo que habitualmente não faz parte dos circuitos turísticos mas que é amplamente recomendado e que alberga até hoje diversos rituais religiosos, a que também esperamos assistir.

pertinho a igreja de santa cruz, que muito provavelmente encontraremos fechada, uma vez que funciona ainda como local de culto, restrito ao domingo. ainda assim vai ser interessante sentir a presença portuguesa tão longe de casa. esta é a grandeza de um país, que conquistou de coração o mundo inteiro e nele deixou a sua marca. a propósito, sabiam que foram os portugueses que ajudaram na conquista da independência da atual tailândia dos birmaneses??

atravessaremos a memorial bridge ao encontro de wat traimit, o buda mais valioso do mundo, presumo, uma vez que representa 5,5 toneladas de ouro. já o encontraremos em chinatown, onde esperamos cirandar, meter o nariz, e comer, o que esperamos incluir uma visita a wat leng noi yi, um antigo templo chinês onde ainda se pratica o culto.

o dia 2 começará como no primeiro, com uma visita a um dos mercados que certamente mais me marcará, o KlongToey Market, um mercado onde encontraremos animais vivos...e mortos...e muitas outras coisas esquisitas das quais quero manter a distância necessária apesar da atração que me suscitam.

a restante manhã será passada num ponto incontornável da cidade de bangkok, o grande palácio e o templo do buda esmeralda, um grande e extraordinário complexo que nos tomará tempo.

perto fica o menos turístico WatRachabophit, templo de enorme beleza mas também ele, geralmente fora dos circuitos turísticos, de onde seguiremos após visita, para os jardins dusit, onde passaremos algum tempo  de visita a vimanmek palace, sala do trono entre outras construções do local.

se não antes, será altura de apanharmos um famoso tuk-tuk, em direção à montanha dourada e wat saket, para uma breve visita, seguindo para WatRatchanatdaram, ou mosteiro de ferro e o seu mercado dos amuletos, onde vamos procurar por moedas antigas.

já passámos entretanto pelos mais de 21 metros de Giant Swing, símbolo postal de bangkok, a caminho de wat pho, outro monumento incontornável nesta cidade que não será abandonado sem que antes passemos uma hora de puro prazer nas mãos dos massagistas da sua escola de medicina tradicional.

antes ainda de uma visita e jantar em little india, assistiremos a um espectáculo com os tradicionais bonecos do teatro tradicional tailandêns no aksra theatre

no terceiro dia acordaremos mais cedo ainda para chegarmos no primeiro autocarro ao mercado flutuante de damnoen saduak, único da sua espécie que poderemos visitar porque todos os restantes apenas funcionam aos fins-de-semana e não teremos nenhum em bangkok durante a nossa estadia.

continuando em Ratchaburi, seguremos assim que o maior rebuliço comece até outro senão o mais espetacular mercado que vamos visitar, o mercado do combóio, Mae Khlong Market e esperamos que a tempo de vermos o mercado ser transposto pacificamente pelo comboio, seguindo então para norte à procura do teatro das sombras de Wat Khanon, templo onde encontraremos exibições desta arte.

terminaremos com a visão do batman no por do sol. rumaremos às montanhas e em particular a KhaoChongpran, casa de milhões de morcegos, que no final da tarde deixam a gruta em busca de alimento, desenhando no céu um espectáculo maravilhoso.


de saída rumo a chiang mai, haverá ainda tempo para uma visita ao museu royal barges que é residência de muitos e maravilhosos barcos tradicionais, alguns deles ainda utilizados pelo rei em ocasiões festivas, terminando-se assim aquela que julgo ser uma visão já razoável deste nosso primeiro destino asiático, passando agora ao norte, que se espera muito diferente e que dos planos vos darei conta na próxima semana.


  

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

fim de ano em veneza


 veneza era um dos destinos que tinha guardado num cantinho muito especial, para ir com alguém especial, num momento também ele especial...

como estudei alguns anos história de arte, já conheço um pouco itália, o suficiente para bem cedo ter percebido que para lá ir tinha de ser com calma, e lá está, num momento especial. itália é para mim um museu ao ar livre, para além dos muitos museus e obras de arte que aí vivem, cada esquina é uma obra de arte.

quando surgiu a oportunidade de viajar no fim do ano, eu queria ir para um destino branco, alpes franceses ou italianos de preferência, ou finlândia, como esteve quase para acontecer. nas como não posso mandar em tudo e cá por casa não queriam ir para o frio, surgiu por acaso veneza. logo ripostei que não, expliquei, dei alternativas, até que o destino começou a ficar cada vez mais definido e os bilhetes, muito bem comprados por sinal.

ao invés de um romântico passeio a dois fomos para veneza num familiar passeio a quatro. com tanto para planear para a grande viagem à ásia e outros projetos em mãos, pouco tempo sobrou para planear a viagem, mas ainda assim alguma coisa preparei e tenho tudo para vos contar.

vim de lá com o prazer de um novo espaço neste imenso mundo conhecido, bem conhecido, mas com alguma frustração. uns dizem que foi por ter as espetativas muito altas, outros dizem que veneza é veneza, outros dizem que foi por eu não ter feito a escolha e não ter ido no momento que tinha planeado. enfim, tudo tem um pouco de verdade, mas eu digo-vos que vim com alguma frustração, a de quem já chegou tarde, tarde demais para encontrar uma genuína veneza, que se mostrasse para além do turismo; esperava muitos sorrisos, se calhar a confundir já com a terra dos sorrisos..., e nunca pensei que fosse tão caro!


guardo de veneza o sombrio da noite e a batida dos barcos atracados ao amanhecer, para além disso...tivemos sorte porque não choveu.

Saudade

palavra bem portuguesa a saudade que me deu de voltar a escrever sobre ir, para qualquer lado. e fui. mas com tantas idas e voltas o tempo, que é cada vez mais um bem escasso, foi-se.

mais que saudade, a palavra de ordem no momento é ansiedade. estamos a ultimar os preparativos para a grande viagem! e é já de hoje a dois meses! o tempo voou, e só de pensar que estou a trabalhar nela desde setembro!

pois o plano está quase completo, a fechar os últimos detalhes, e aqui vamos nós para oriente, como há já 500 anos foram os nossos antepassados. vamos muito mais confortáveis é certo, mas vamos também nós viver muitas emoções estou certa.

um dos motes da viagem, para além do exotismo que hoje e sempre se procura no oriente, é o contacto com o nosso passado, numa língua que vive por lá ainda, que deixou descendentes, receitas, tradições, e arquitetura, muito para além do que nos dão a conhecer na escola.



é também à procura do que lá deixámos que vamos e de perceber como hoje nos veêm estes povos, remotos mas tão próximos, nesta história que nos uniu, nesta conquista que definiu fronteiras e reinos.

e lá vem a saudade...