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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

fim de ano em veneza


 veneza era um dos destinos que tinha guardado num cantinho muito especial, para ir com alguém especial, num momento também ele especial...

como estudei alguns anos história de arte, já conheço um pouco itália, o suficiente para bem cedo ter percebido que para lá ir tinha de ser com calma, e lá está, num momento especial. itália é para mim um museu ao ar livre, para além dos muitos museus e obras de arte que aí vivem, cada esquina é uma obra de arte.

quando surgiu a oportunidade de viajar no fim do ano, eu queria ir para um destino branco, alpes franceses ou italianos de preferência, ou finlândia, como esteve quase para acontecer. nas como não posso mandar em tudo e cá por casa não queriam ir para o frio, surgiu por acaso veneza. logo ripostei que não, expliquei, dei alternativas, até que o destino começou a ficar cada vez mais definido e os bilhetes, muito bem comprados por sinal.

ao invés de um romântico passeio a dois fomos para veneza num familiar passeio a quatro. com tanto para planear para a grande viagem à ásia e outros projetos em mãos, pouco tempo sobrou para planear a viagem, mas ainda assim alguma coisa preparei e tenho tudo para vos contar.

vim de lá com o prazer de um novo espaço neste imenso mundo conhecido, bem conhecido, mas com alguma frustração. uns dizem que foi por ter as espetativas muito altas, outros dizem que veneza é veneza, outros dizem que foi por eu não ter feito a escolha e não ter ido no momento que tinha planeado. enfim, tudo tem um pouco de verdade, mas eu digo-vos que vim com alguma frustração, a de quem já chegou tarde, tarde demais para encontrar uma genuína veneza, que se mostrasse para além do turismo; esperava muitos sorrisos, se calhar a confundir já com a terra dos sorrisos..., e nunca pensei que fosse tão caro!


guardo de veneza o sombrio da noite e a batida dos barcos atracados ao amanhecer, para além disso...tivemos sorte porque não choveu.

Saudade

palavra bem portuguesa a saudade que me deu de voltar a escrever sobre ir, para qualquer lado. e fui. mas com tantas idas e voltas o tempo, que é cada vez mais um bem escasso, foi-se.

mais que saudade, a palavra de ordem no momento é ansiedade. estamos a ultimar os preparativos para a grande viagem! e é já de hoje a dois meses! o tempo voou, e só de pensar que estou a trabalhar nela desde setembro!

pois o plano está quase completo, a fechar os últimos detalhes, e aqui vamos nós para oriente, como há já 500 anos foram os nossos antepassados. vamos muito mais confortáveis é certo, mas vamos também nós viver muitas emoções estou certa.

um dos motes da viagem, para além do exotismo que hoje e sempre se procura no oriente, é o contacto com o nosso passado, numa língua que vive por lá ainda, que deixou descendentes, receitas, tradições, e arquitetura, muito para além do que nos dão a conhecer na escola.



é também à procura do que lá deixámos que vamos e de perceber como hoje nos veêm estes povos, remotos mas tão próximos, nesta história que nos uniu, nesta conquista que definiu fronteiras e reinos.

e lá vem a saudade...